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Identidade visual é um código, uma linguagem criada por meio de símbolos, cores, formas geométricas, famílias tipográficas e imagens. Algumas se tornam tão marcantes que viram verdadeiros ícones culturais. Aposto que você reconhece a marca na imagem de capa desse post sem mesmo ler seu nome. Pois bem, é sobre isso mesmo que estamos falando.
Esse código visual complementa e reforça seu elemento principal: o logotipo. Esses elementos gráficos ficam na cabeça das pessoas que automaticamente o associam a valores de sua empresa como atendimento, qualidade, entrega, garantia, princípios morais, éticos, posição política, engajamento social, entre outros. Em suma, a identidade visual conterá os símbolos que representam a personalidade de seu negócio e esse conjunto de informações forma sua marca.
A identidade visual pode ser:
Corporativa ou institucional - quando representa uma empresa, uma corporação ou instituição;
Pessoal - ao se referir à uma pessoa como um médico, um advogado ou um artista;
De produto - se for criada para apresentar bens de consumo em embalagens, rótulos e envoltórios de modo geral;
De evento - quando usada para identificar um acontecimento sazonal periódico ou único;
De campanha - define o padrão gráfico das peças de uma campanha publicitária, também conhecido como Key Visual (KV).
É muito comum nos encontrarmos cercados por esses elementos, sentindo a presença e os valores de suas marcas e sendo silenciosamente influenciados por eles. Isso acontece por que as identidades visuais estão por toda parte. Nos cartões de visitas dos representantes, no visual merchandising das lojas, nos adesivos dos veículos, nas newsletters que alcançam nossas caixas de entrada, nos inúmeros folhetos, catálogos e fôlderes que recebemos por aí. Marcas e reputações são construídas simultaneamente, de forma simbiótica e esses dois conceitos andam de mãos dadas por toda a existência de uma empresa.
Hoje vemos marcas que se dão ao luxo de não exibirem os próprios nomes, como a Coca-Cola ou a Nike, e outras, como o McDonalds, que pode se chamar de Méqui e continuar sendo reconhecida. São marcas milionárias, que têm recebido altos investimentos há décadas e se tornaram ícones pop. Casos bem diferentes da maioria das organizações. Se você é o administrador, gerente, gestor ou responsável pelo marketing de uma empresa dentro dessa maioria, já deve ter percebido como pode ser difícil conquistar, fidelizar ou mesmo chegar até seu consumidor. Construir uma marca leva tempo e o primeiro passo é ter uma identidade visual adequada.
Construindo uma identidade visual
Para que sua identidade visual cumpra sua função ela precisa ser única, a fim de não ser confundida com outros concorrentes e flexível, para que tenha uniformidade de uso em diversos meios. Algumas empresas até usam um “plágio visual” como estratégia para se fortalecerem no mercado pegando uma carona com os líderes, mas geralmente isso acaba se provando ineficaz, inviável e até prejudicial a longo prazo.
Alguns pontos fundamentais para que sua identidade visual cumpra seu papel:
Tipografia - ter um estilo de letra desenhado especialmente para o seu logotipo torna qualquer identidade visual inconfundível aos olhos do consumidor e expressa alguns valores da marca como tecnologia, inovação, tradição entre outros;
Cores - uma paleta de cores bem elaborada complementa os valores expressados pela tipografia, posiciona a empresa em um determinado mercado e cria identificação com o consumidor;
Geometria - as formas podem ser geométricas ou orgânicas e o modo como são organizadas completam a expressão da identidade. A composição visual pode ser simétrica ou assimétrica. Sendo assim, as formas causam no observador algumas sensações como racionalidade ou emotividade, formalidade ou informalidade, força ou delicadeza etc.
Imagens - ter um banco de imagens próprio faz toda a diferença e tira sua marca do lugar comum das imagens free ou dos bancos pagos de onde a maioria tira suas referências fotográficas. Não é raro vermos os mesmos “garotos propaganda do shutterstock” promovendo marcas diferentes. Ter fotografias do seu produto, do seu estabelecimento e até mesmo do seu serviço engaja o público, faz com que ele se reconheça consumindo a marca e dá a ele uma forte prova social de seu negócio.
Manual de identidade visual
Para garantir que todos os elementos de identidades complexas sejam aplicados sempre de maneira uniforme e coerente é importante ter um manual de identidade visual, conhecido também como brandbook. Para identidades mais simples, um guia de identidade ou brand guide cumpre essa função.
Esse manual de uso é uma compilação de todas as informações e aplicações da identidade visual. Com ele é possível refazer, aplicar ou reproduzir fielmente sua identidade por qualquer profissional ou fornecedor que precise se envolver com ela. Suponhamos que você precise personalizar camisetas para usar como uniforme ou queira colocar uma letra caixa em sua fachada ou precise imprimir um novo catálogo de produtos. Enviar seu manual aos fornecedores desses serviços vai garantir uma homogeneidade em todas essas variadas aplicações.
Alguns itens a se considerar em um manual de identidade visual:
Aplicações horizontais e verticais do logotipo;
Versões em cores e em preto e branco;
Referências de cor em CMYK, RGB, HSB e/ou PANTONE;
Grade construtiva para recriação por meios não digitais;
Tamanho mínimo para uma leitura adequada;
Construção de grafismos e suas aplicações;
Banco de imagens e seus respectivos filtros caso haja;
Especificações de estilo fotográfico caso não haja um banco pré-definido;
Relação das famílias tipográficas usadas mesmo que exclusivas para o projeto.
Conclusão
Esse é um tema longo e, por haver muito a se considerar, há muito a se dizer. Tenha sempre em mente que sua identidade visual é a ponte que conecta sua empresa ao seu consumidor. É o que dispara nele as sensações de consumir seu produto ou serviço. Procure manter a uniformidade de sua identidade e seja coerente em toda sua comunicação.
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